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https://repositorio.ufba.br/handle/ri/8591
metadata.dc.type: | Dissertação |
Título : | Cotas na UFBA: percepções sobre racismo, antirracismo, identidades e fronteiras |
Autor : | Pinheiro, Nadja Ferreira |
metadata.dc.creator: | Pinheiro, Nadja Ferreira |
Resumen : | A adoção de políticas de cotas para negros nas universidades brasileiras, de modo particular na Universidade Federal da Bahia (UFBA), e as questões que ela envolve, a exemplo de racismo, antirracismo, identidades e fronteiras, têm sido temas amplamente debatidos na sociedade e baseia-se no fato da quase ausência de negros(as) nas universidades públicas, particularmente em cursos de maior prestígio social. Esta pesquisa teve como objetivos analisar as percepções de professores e estudantes cotistas e não-cotistas dos cursos de Direito, Medicina, Odontologia e Engenharia Elétrica da UFBA sobre racismo de forma geral e na universidade; refletir sobre as características associadas aos grupos negros, índios e brancos, cotistas e não-cotistas; analisar as percepções sobre as cotas na UFBA e sobre outras políticas antirracistas. A metodologia adotada foi qualitativa. Na coleta de dados, utilizou-se a entrevista semiestruturada. As entrevistas foram analisadas com base na Análise do Discurso. Os principais resultados encontrados neste estudo foram: as percepções dos entrevistados sobre o racismo no Brasil repetem-se também no ambiente universitário, porém de forma velada; com relação às características associadas aos negros, indígenas e brancos, os professores tenderam a diferenciar estes grupos quanto aos traços fisionômicos, ao passo que os estudantes, além das características fenotípicas, fizeram associações no âmbito social, econômico e cultural; na caracterização dos grupos raciais, houve uma associação entre cor e classe; identificou-se uma visão de mundo diferenciada entre os índios e não-índios, como também um desconhecimento sobre os índios por parte de estudantes e professores; no conjunto dos estudantes cotistas, identificou-se a existência de um grupo diferenciado, o do Colégio Militar; as cotas foram percebidas como uma importante política para a universidade, pois tornou o ambiente mais diverso do ponto de vista social, étnico e racial; não foram identificadas fronteiras claramente demarcadas entre cotistas e não-cotistas, embora algumas características tenham sido apontadas em relação a estes grupos; os entrevistados apontaram a necessidade de a Universidade se estruturar melhor para atender às necessidades de permanência dos estudantes cotistas; no que concerne ao movimento negro e ao indígena, os depoentes reconhecem que o movimento negro tem conseguido muitas conquistas para o povo negro, contudo ainda transmite imagem pouco positiva; há um desconhecimento generalizado com relação ao movimento indígena; as políticas de valorização da cultura negra são percebidas como voltadas para o turismo enquanto as de valorização da cultura indígena são vistas como inexistentes. Concluiu-se que o racismo é percebido amplamente pelos estudantes da UFBA e menos pelos professores; não há fronteira rígida que separe estudantes cotistas de não-cotistas, mas há diferenciações que se dão entre índios e não-índios e há um grupo de cotistas diferenciados; a permanência de estudantes cotistas é um dos grandes desafios da política de ação afirmativa na UFBA. |
Palabras clave : | Políticas de ação afirmativa Racismo Antirracismo Identidades Fronteiras |
URI : | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8591 |
Fecha de publicación : | 2010 |
Aparece en las colecciones: | Dissertação (PÓS-AFRO) |
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