Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/11457
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorTelles, Lígia Guimarães-
dc.contributor.authorOrnellas, Sandro Santos-
dc.creatorOrnellas, Sandro Santos-
dc.date.accessioned2013-05-28T19:27:04Z-
dc.date.available2013-05-28T19:27:04Z-
dc.date.issued2005-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11457-
dc.description.abstractA tese parte do valor indecidível da escrita. Sendo historicamente, por um lado, avaliada como uma técnica a serviço do poder, a escrita emerge como materialidade instrumental de inscrição e impressão de uma memória cultural e histórica de uso monumentalizante do passado. Sob a guarda onipresente da língua, uma escrita pode ser alçada à condição de “tesouro da língua”, se se conforma à idéia de imaterialidade, isto é, à condição de valor social em si. Isso acaba por naturalizar a língua enquanto discurso e engendra uma cena originária como motivo organizador de uma dada cultura. Por outro lado, a escrita também arrasta consigo formas mais sutis e finas de transgressão à ordem institucional da língua, sendo colocada, pois, junto ao corpo como força de deslocamento, pela sua precariedade, instabilidade e polimorfismo. Paralelo a isso, a tese detém-se também no corpo como importantíssimo ator no arranjo que constrói a escrita nesse limiar, optando-se, no entanto, em tomá-lo no seu sentido forte, isto é, de mídia primeira dos processos tanto históricos quanto cognitivos de criação e de transgressão. No caso dos poetas Virgílio de Lemos, Waly Salomão e Al Berto, respectivamente, de Moçambique, do Brasil e de Portugal, a prática da escrita se quer – cada uma à sua maneira – saturada dos ruídos do corpo, ganhando o contorno de gestos que vão de figuras de erotização até o flerte com a morte, passando pela vocalidade presente no gesto de escrever. Se o sistema-escrita lançou o homem no tempo linear da razão, esses poetas exploram possíveis fendas selvagens do sistema-escrita em língua portuguesa, inscrevendo traços que podem ser lidos como a emergência de corpos tribais em uma história transnacional. Na medida em que eles subvertem a língua – “tesouro do luso” – pelo uso que fazem da suas economias significantes, também deslocam, às vezes mais, às vezes menos sutilmente, a violência da cena originária de suas culturas.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherPrograma de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBApt_BR
dc.subjectLiteratura comparadapt_BR
dc.subjectAl Berto - 1948-1998 - crítica e interpretaçãopt_BR
dc.subjectSalomão, Waly - 1944-2003 - crítica e interpretaçãopt_BR
dc.subjectLemos, Virgílio-1929 - crítica e interpretaçãopt_BR
dc.subjectCorpopt_BR
dc.subjectErotismo na literaturapt_BR
dc.subjectEscritapt_BR
dc.subjectPoesiapt_BR
dc.titleDerivas do texto, derivas da vida. Corpo, escrita e cultura em Virgílio de Lemos, Waly Salomão e Al Berto.pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.description.localpubSalvadorpt_BR
Aparece nas coleções:Tese (PPGLL)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação Final.pdf1,51 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.