Skip navigation
Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43628
metadata.dc.type: Tese
Título : Maria Pequena de Ogum de Ronda: cosmosonoridades afrodiaspóricas e protagonismo feminino na umbanda (Feira de Santana – BA)
Otros títulos : Maria Pequena de Ogum de Ronda: afro-diasporic cosmo-sonorities and female protagonism in Umbanda (Feira de Santana - BA)
metadata.dc.creator: Santos, Jeanderson Bulhões de Jesus
metadata.dc.contributor.advisor1: Rosa, Laila Andresa Cavalcante
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Sodré de Souza, Luan
metadata.dc.contributor.referee1: Carneiro, Anni de Novais
metadata.dc.contributor.referee2: Santos, Marcos dos Santos
metadata.dc.contributor.referee3: Silva, Laurisabel Maria de Ana
metadata.dc.contributor.referee4: Rosa, Pedro Fernando Acosta da
metadata.dc.contributor.referee5: Sodré de Souza, Luan
metadata.dc.description.resumo: Esta pesquisa trata das sonoridades do terreiro de Umbanda de Mãe Maria Pequena de Ogum, localizado em Feira de Santana, Bahia, explorando as intersecções entre raça, gênero, espiritualidade e cosmopercepção, no contexto das religiões de matrizes africanas. A proposta foi compreender o universo sonoro do terreiro a partir da trajetória de Mãe Maria Pequena de Ogum, cujas vivências são profundamente marcadas por diálogos e intercâmbios com lideranças dos candomblés de nação Angola e Ketu, analisando como essas interações contribuíram significativamente para a africanização das práticas rituais e para a ressignificação do seu cotidiano. Fundamentada na Etnomusicologia, dialogo com campos que tensionam os cânones ocidentais, incluindo a Etnomusicologia brasileira, feminista, negra e africana, reconhecendo essas epistemologias como fundamentais para a compreensão das práticas sonoras em contextos afrodiaspóricos. Adoto uma abordagem metodológica que transita entre a escrevivência, transgeracionalidade e autoetnografia, incluindo conversas e entrevistas com membros do terreiro e registros audiovisuais. A investigação sobre o repertório sonoro e o calendário festivo do terreiro revela uma conexão profunda entre essas sonoridades e as cosmopercepções africanas, afrodiaspóricas e indígenas, articulando memórias, identidades e pertencimentos plurais. Destaco como as sonoridades desempenham um papel pedagógico central no compartilhamento dos saberes e na comunicação de Mãe Maria com suas filhas, seus filhos e a comunidade, o que eu denomino como "pedagogia das sonoridades", entendida como uma via de transmissão de saberes e práticas culturais que preservam, atualizam e reconfiguram os legados africanos em diálogo com as dinâmicas contemporâneas. Nesse contexto, apresento o conceito de Cosmosonoridade, que representa a convergência entre espiritualidade, ancestralidade e sonoridades, entrecruzando a conexão entre dimensões cosmoperceptivas e as expressões sonoras próprias das tradições afro-brasileiras. Além disso, enfatizo a centralidade da liderança de Mãe Maria Pequena de Ogum, como fundamental para a preservação, atualização e recriação das sonoridades e práticas culturais e espirituais, analisando como sua força desafia o racismo estrutural e o patriarcado, reconfigurando narrativas de resistência e de autodeterminação. A pesquisa contribui para a valorização das cosmopercepções afrodiaspóricas, oferecendo uma reflexão crítica sobre como a trajetória de Mãe Maria, dada pelo encontro com lideranças de candomblé de Angola e Ketu, é pautada no protagonismo feminino na manutenção e recriação das heranças culturais africanas, afro-brasileira e indígenas por meio de confluências perceptíveis no universo sensível de práticas de cuidados e curas que têm, na expressão sonora, um patrimônio próprio. Ao entrelaçar sonoridades e espiritualidade, a tese revela como os terreiros se configuram como espaços de resistência, destacando a riqueza das tradições afro-brasileiras e seu papel na construção de práticas autônomas e na defesa de outros projetos de sociedade.
Resumen : This research explores the soundscapes of the Umbanda terreiro of Mãe Maria Pequena de Ogum, located in Feira de Santana, Bahia, examining the intersections of race, gender, spirituality, and cosmoperception within the context of African-derived religions. The study aims to understand the terreiro’s sonic universe through the life trajectory of Mãe Maria Pequena de Ogum, whose experiences are profoundly shaped by dialogues and exchanges with leaders from Angola and Ketu candomblé traditions. These interactions have significantly contributed to the Africanization of ritual practices and the redefinition of daily life. Grounded in Ethnomusicology, this research engages with fields that challenge Western canons, including Brazilian, feminist, Black, and African ethnomusicological perspectives, recognizing these epistemologies as crucial for understanding sonic practices in Afro-diasporic contexts. The methodological approach combines escrevivência, transgenerationality, and autoethnography, incorporating conversations and interviews with terreiro members as well as audiovisual recordings. The investigation into the terreiro’s sonic repertoire and festive calendar reveals a profound connection between these sounds and African, Afro-diasporic, and Indigenous cosmoperceptions, articulating plural memories, identities, and senses of belonging. The study highlights how sonorities play a central pedagogical role in the transmission of knowledge and communication between Mãe Maria, her children, and the broader community—a dynamic I define as the "pedagogy of sonorities." This pedagogy serves as a means to transmit cultural knowledge and practices, preserving, updating, and reconfiguring African legacies in dialogue with contemporary dynamics. In this context, I introduce the concept of cosmosonority, which represents the convergence of spirituality, ancestry, and sound, intertwining cosmoperceptive dimensions with the sonic expressions inherent to Afro-Brazilian traditions. Furthermore, I emphasize the pivotal leadership of Mãe Maria Pequena de Ogum in preserving, updating, and re-creating cultural and spiritual practices. Her strength challenges structural racism and patriarchy, reconfiguring narratives of resistance and self-determination. This research contributes to the appreciation of Afro-diasporic cosmoperceptions, offering a critical reflection on how Mãe Maria’s trajectory, informed by her engagements with Angola and Ketu candomblé leaders, is rooted in female protagonism. This protagonism sustains and reimagines African, Afro-Brazilian, and Indigenous cultural heritages through perceptible confluences in the sensitive universe of care and healing practices, with sonic expressions as a distinctive cultural heritage. By intertwining sonorities and spirituality, this thesis reveals how terreiros function as spaces of resistance, highlighting the richness of Afro-Brazilian traditions and their role in constructing autonomous practices and advocating for alternative societal projects.
Palabras clave : Etnomusicologia
Umbanda
Sonoridades de terreiro
Feminismo negro
metadata.dc.subject.cnpq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::MUSICA
metadata.dc.language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Editorial : Universidade Federal da Bahia
metadata.dc.publisher.initials: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Escola de Música
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Música (PPGMUS)
metadata.dc.rights: Acesso Aberto
URI : https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43628
Fecha de publicación : 10-ene- 1
Aparece en las colecciones: Tese (PPGMUS)

Ficheros en este ítem:
Fichero Descripción Tamaño Formato  
Maria Pequena de Ogum de Ronda - Cosmosonoridades Afrodiaspórica e protagonismo feminino na Umbanda - FINAL.pdf8,03 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Mostrar el registro Dublin Core completo del ítem


Los ítems de DSpace están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, a menos que se indique lo contrario.